Há mais de cem anos, a Misericórdia de Paredes cuida dos mais desfavorecidos. Nesta obra, tem contado com o apoio financeiro de muitos cidadãos que, conhecendo a sua ação, confiam que os meios que põem à disposição da Misericórdia são aplicados em boas causas. As "Benemerências" a favor da Misericórdia têm efetivamente sido decisivas na disponibilidade de meios para que muitas pessoas possam ser amparadas e protegidas, todos os dias: crianças, idosos e todos aqueles que apresentem vulnerabilidades.
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Caetano da Silva Rangel
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José Maria de Sousa Alves
Vitorino Leão Ramos
Doou um conjunto de casas com quintal no lugar do Verdeal, para que aí continuasse a funcionar a escola e a habitação dos professores. Esta doação foi feita à Câmara Municipal a 12 de maio de 1920.
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Adriano Isaac da Costa Ferreira
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João Lourenço Martins (Barão de Cête)
Elias Moreira Neto
Doou 100 contos de réis para a criação de um Asilo na Santa Casa da Misericórdia, dando indicações para que os seus bens monetários – 630 contos brasileiros e 400 libras – fossem entregues a esta instituição para se poder prestar auxílio a todos aqueles que mais necessitavam, assim como para a manutenção deste espaço. Doou ainda uma casa e quinta que possuía na freguesia de Gandra, propriedade que deveria ser utilizada pela Misericórdia para a obtenção de recursos económicos.
Adriano Moreira de Castro
Foi graças a ele que se iniciou a construção de uma escola de instrução primária em Louredo, que posteriormente ofereceu à freguesia, aquando da sua curta passagem pela Comissão Municipal Administrativa do Concelho de Paredes, em 1912. Esta escola era destinada a ambos os sexos e contemplava a residência dos professores. Nos anos seguintes, Adriano Moreira de Castro preocupou-se em adquirir o material escolar necessário, desde as carteiras aos mapas, e também assumiu o pagamento integral do azeite necessário à iluminação de toda a aldeia.
Adriano Moreira Castro empenhou-se na construção da estrada municipal que ligava Louredo a Sobrosa, atualmente com o seu nome; colaborou e financiou o jornal “Behetria de Louredo”, publicado entre 1921 e 1922 e distribuído gratuitamente pelo concelho; ajudou à construção do Hospital com a doação de grandes somas em dinheiro e, por isso, também o seu retrato pertence à galeria dos Irmãos Beneméritos da Irmandade da Misericórdia de Paredes.
Após a sua morte, deixou expressa em testamento a vontade de deixar 20 contos à Misericórdia.
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Padre João de Sousa Pacheco
Comendador António Pereira Inácio
Contribuiu decisivamente para a criação e organização da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Baltar e ofereceu à Misericórdia de Paredes, em 1931, a soma 5 contos para a construção do Hospital, fazendo nova doação em 1933, o que lhe valeu a nomeação e a colocação do seu retrato na galeria dos irmãos beneméritos. Propôs ainda a criação da Sociedade Humanitária de Salvação Nacional, com o objetivo de ajudar os mais pobres da freguesia de Baltar, tendo para o efeito angariado fundos ou custeado na íntegra a construção ou organização de escolas e de casas para os mais pobres, de uma cantina permanente, de cursos escolares de alfabetização gratuitos e o fornecimento de agasalhos aos necessitados, a instalação elétrica e a maternidade, a creche, onde era distribuída uma refeição ao meio-dia, quer às crianças que a frequentavam, quer às que não iam à escola, num custo total que ultrapassava anualmente os 100 contos.
Virgílio Gaspar Pereira
Virgílio Pereira nasceu a 7 de outubro de 1900 e morreu em 1965. Conceituado etnomusicólogo, era natural da freguesia de Vilela e filho de Francisca Romana Coelho Pereira e do fundador da Banda Musical de Vilela, o professor António Gaspar Pereira. Estudou no Conservatório do Porto e na Academia Mozart e, aos 19 anos, era professor do ensino primário e Diretor da Escola Anexa à Normal, no Porto.
Veio lecionar para Lordelo, em 1924, onde fundou e dirigiu, durante uma década, o "Orfeão Castro Araújo", formado exclusivamente por trabalhadores rurais, mas que, ainda assim, recebeu a medalha de ouro no 1.º concurso orfeónico de Portugal, realizado no Porto em 1932. Este grupo participou em inúmeros concursos, de que é exemplo o "Rainha das Costureiras", realizado no Palácio de Cristal, organizado a 29 de março de 1932, e apresentou-se no ano seguinte, a 18 de junho, na Sociedade Martins Sarmento, aquando de uma festa realizada em honra deste filantropo. Em 1934, criou o "Orfeão Oliveira Martins", com alunos da escola técnica do mesmo nome e, no ano seguinte, formou e dirigiu o Coro Infantil do Porto, constituído por 1600 jovens das escolas oficiais da cidade.
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Afonso César Pádua Correia
Comendador Abílio Augusto Moreira de Seabra
O Comendador Abílio Seabra é figura de grande destaque na história da Irmandade da Misericórdia de Paredes, tanto na galeria dos provedores como na dos beneméritos.
Na Comenda que lhe foi atribuída a 12 de fevereiro de 1951, pode ler-se "Paredes orgulha-se agora de o ter como filho, ao contemplar os seus grandes atos de liberalidade. Dentre esses atos sobressai a sua doação de cem mil escudos à Irmandade da Misericórdia desta vila, para a construção de um pavilhão".
Mais tarde, ser-lhe-ia também concedida a Comenda de Benemerência pelo Estado Português e, a 5 de maio de 1968, o Município (de Paredes), as Coletividades e Instituições de Bem-Fazer, nomeadamente a Irmandade da Misericórdia.
Apoiou instituições como o rancho ou o club de futebol e outras tantas obras sociais, e foi a alma e o coração da construção do novo hospital, inaugurado em 1966, quer pela doação de avultadas somas, quer pelas campanhas de angariação de fundos e de sensibilização junto dos ministérios e das autoridades competentes. Juntamente com a esposa, senhora dona Maria Idalina da Costa Ruão Seabra, adquiriu o Palacete da Granja, atual Casa da Cultura de Paredes, com o objetivo de o preservar e valorizar, e doaram-no à Santa Casa da Misericórdia de Paredes que, posteriormente, o arrendou por um período de longa duração à Câmara Municipal.
Graças à sua ação, principalmente em prol da construção do hospital, organizou-se um movimento local, a que se associou a Mesa Administrativa em funções, no sentido de publicamente expressar o apreço e a admiração pelo Comendador e então Provedor.