Depois do falecimento em Lisboa do grande benemérito da Misericórdia, Elias Moreira Neto, em 1934, tomou-se a resolução, como era seu desejo, da construção de um asilo, destinado a proteger inválidos de ambos os sexos, que mais não era do que um enorme bloco lateral ao hospital, com dois salões espaçosos destinados a dormitório, salas de estar e de jantar e espaços de arrecadação. Era constituído ainda por cave, destinada a armazém de víveres, lagar e adega. A obra era embelezada por uma entrada com pátio e escadas de granito, implantados na portaria principal. Mas só em 1938 seria aprovado o “Regulamento do Asilo Moreira Neto” e a colocação da primeira pedra aconteceu em março de 1940, na presença de todas as autoridades administrativas e judiciais da região, do funcionalismo público, da irmandade e das corporações da vila.
Anos depois, fruto das vicissitudes da revolução de abril e das subsequentes nacionalizações, a Misericórdia voltar-se-ia mais eficazmente para o auxílio à infância e à terceira idade, tendo procedido à ampliação, em 1983, do já “Lar Elias Moreira Neto”. Assim, o primeiro piso ficou ocupado por uma sala de reuniões e festas e outra destinada a bar e espaço de trabalhos e ocupação de tempos livres dos idosos. No segundo piso foram criados, numa ala, quatro quartos de casal completos e, na outra ala, mais alguns de área mais reduzida. O terceiro piso foi destinado a quatro suites.
Atualmente, este equipamento de alojamento coletivo e permanente tem capacidade para mais de 60 utentes de ambos os sexos, com mais de 65 anos de idade ou outra, em situação de desproteção social ou de parcial perda de autonomia biopsicossocial.