José Ribeiro da Costa Júnior nasceu em Castelões de Cepêda, a 23 de abril de 1883. Era filho de camponeses, mas os seus padrinhos eram Joaquim Bernardo Mendes, Visconde de Paredes, e D. Rosalina de Sousa Guimarães. Emigrou bastante jovem para o Brasil e, após longos anos de trabalho, acabou por enveredar pela carreira militar, tendo-se destacado em campanhas no continente africano, nomeadamente em Angola, durante o primeiro quartel do século XX. Em 1932 foi condecorado pelas campanhas nesta colónia e, no ano seguinte, foi promovido a tenente-coronel. Recebeu ainda a Comenda da Ordem Militar de Avis e da Ordem de São Tiago da Espada.
Durante as décadas de 20 a 40 foi colaborador dos periódicos locais O Novo Paredense e O Progresso de Paredes, onde publicou diversos artigos subordinados ao tema da emigração, insurgindo-se contra o tratamento de que eram alvo os emigrantes por parte da literatura portuguesa e dos próprios paredenses.
Em 1933, foi nomeado professor e Diretor do Curso Complementar de Comércio no Instituto de Odivelas e, em simultâneo, chefe da 1.ª Repartição da Direção do Serviço de Administração Militar. Foi autor de várias obras relacionadas com o exército ou com a agricultura, destacando-se as seguintes: A agricultura pelo exército, com um guia do instrutor da agricultura (1929), Brancos e Pretos na ocupação do Sul de Angola ou Pela nossa África (1933), A Árvore das Patacas - Romance com uma descrição da vida no Rio de Janeiro há 50 anos (1947). Nesta última obra, José Ribeiro da Costa Júnior traça o seu percurso como emigrante no Brasil, cruzando a sua personagem com outros emigrantes portugueses, como é o caso do comendador António Pereira Inácio.
Fonte: obras de Alda Neto