Fisioterapia no Idoso nas Estruturas Residenciais (lares)
A envelhecer, as capacidades de adaptação do ser humano vão diminuindo, tornando-o cada vez mais sensível ao que o rodeia. Com o progressivo declínio das suas capacidades funcionais, nomeadamente com a diminuição da força muscular e do equilíbrio, o idoso vai alterando as suas rotinas, substituindo-as por outras menos exigentes. Esta diminuição das suas atividades diárias habituais tem como consequência uma menor capacidade de coordenação e reação motoras e perda de atenção, conduzindo a uma falta de confiança na marcha e, consequentemente, ao seu sedentarismo e dependência. Estas limitações levam à diminuição da auto-estima, à apatia, à desmotivação, à solidão, ao isolamento social e à depressão.
Neste quadro, a fisioterapia tem um papel muito importante na preservação ou melhoramento das capacidades funcionais do idoso, como a força muscular, a agilidade, o equilíbrio e a coordenação motora, tornando-o menos dependente, mais ativo, aumentando a sua qualidade de vida e o seu bem-estar. A fisioterapia não atua só na prevenção, mas também no tratamento das patologias que atingem o idoso, nomeadamente no tratamento do doente com imobilização prolongada, no tratamento de quadro inflamatório, no tratamento de sequela de AVC, no tratamento de doenças osteodegenerativas, no tratamento de pneumopatia com cinesoterapia respiratória, entre outros.
Assim sendo, todas as estruturas residenciais deveriam ter um programa de fisioterapia permanente, para melhorar a qualidade da assistência e o conforto dos residentes, tornando-os mais autónomos e mais felizes. Secundariamente, tal programa trará prestígio e ganhos económicos a estas estruturas residenciais, uma vez que haverá menos quedas, menos escaras, menos deslocações a instituições de saúde, menor consumo de medicamentos e menor desperdício de outros recursos humanos.
Dr. Alves Pereira